terça-feira, 31 de julho de 2007

Hickock

Em resposta ao blog bazofiabozina.blogspot.com

Jack McCall: "Should we shake hands or something, relieve the atmosphere. I mean how stupid do you think I am?"
Wild Bill Hickok: "I don't know, I just met you."


Con Stapleton: "That man's gun never left his holster Mr. Hickok."
Bill Hickok: "He meant me harm."
Tom Mason to Hickok: "You killed my brother.."
Hickok : "And now I killed you."


Hickok to Charlie Utter: "Some goddamn point a man's due to stop argueing with hisself and feeling twice the goddam fool he knows he is 'cause he can't be something he tries to be every goddam day without once getting to dinnertime and fucking it up. I don't want to fight it anymore, understand me Charlie? -- and I don't want you pissing in my ear about it. Can you let me go to hell the way I want to?"

James Butler Hickok (18371876), o maior pistoleiro do velho oeste, morto após ser baleado por trás por Jack MacCall, devido a discussões por causa de poker. Em suas mãos, um par de ases e um par de oitos. The Dead Man's Hand.

Citações do seriado Deadwood, o melhor de todos os tempos.


quinta-feira, 26 de julho de 2007

Traduções

A cada dia que passa, o youtube me surpreende.



quarta-feira, 11 de julho de 2007

Aonde?

Muitos estão me perguntando o que fiz com meus ingressos que peguei na fila do Todos com a Nota. A resposta vai ser simples e direta: doei para minha tia, professora do Pro Jovem, que os repassou para alguns de seus alunos que não tinham condições de comprar.

Fiz uma boa ação... Não, não os vendi

]=D~~~

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Uma noite na fila

Pessoal, os posts abaixo são da matéria Uma noite na fila, que foi publicada na edição de hoje do Jornal do Commercio. Estou compartilhando-a aqui com vocês porque fiquei muito feliz de escrever uma matéria literária - e também em primeira pessoa - pela primeira vez em um veículo de comunicação.

Passei uma noite na fila da troca de ingressos do Todos com a Nota. Abaixo, vocês verão como foi.

Uma noite na fila - Parte I

PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Exatamente às 8h40 da última terça-feira, alcancei o guichê de troca do Ginásio Geraldo Magalhães, Geraldão, e troquei os Vales-Cidadão por três ingressos aos quais tinha direito para Sport x Corinthians, na quarta. Era o fim de uma jornada de desgastantes 10 horas e 10 minutos que passei para poder relatar a experiência de varar a madrugada na fila para conseguir entradas via programa estadual Todos com a Nota, como milhares de torcedores fazem. Não me identifiquei como repórter.

Cheguei à Rua Jalisco, ao lado do Geraldão, às 22h30 da segunda-feira. Pensando em encontrar apenas alguns poucos corajosos guardando os primeiros lugares na fila, me surpreendi com a pequena multidão que enchia o local. Enquanto alguns se escondiam em pequenas barracas improvisadas com lonas, outros estavam deitados ao ar livre e alguns apenas conversavam e se entretiam com jogos, como dominó e damas.

A noite nublada não estava tão fria, mas a maioria dos presentes tinha seus cobertores. Outros arrumaram uma maneira divertida de se esquentar: jogar bola. Alguns descalços, outros não, eles improvisaram quatro 'peladas' no meio da rua, com barrinhas feitas de pedras e sandálias. Instigado pelo clima amigável, segui em frente e me posicionei na fila, cujo final estava há cerca de cem metros do início.

O cenário era formado por homens e poucas mulheres trajando, em sua maioria, camisas rubro-negras e de torcidas organizadas. Boa parte deles se cumprimentavam e relatavam fatos acontecidos em outras oportunidades. 'Aquele cara do café é 'cabueta' dos home (sic)', declarou Coroa, que estava do meu lado, desconfiado do comerciante ser um agente infiltrado da polícia.

O dono do apelido, Coroa não aparentava ter mais de 50 anos. Ainda assim, atuava como uma referência. 'Quando o Choque chegar, a turma vai correr pra cá e os 'home' vão sair batendo em quem não tiver colado na parede', me avisou. Atento ao conselho, me encostei e analisei o ambiente em busca de cambistas."

Uma noite na fila - Parte II

DROGAS E INGRESSOS

'Olha o viagra', gritava o vendedor de amendoim. 'Olha o café', anunciava um senhor. 'Olha o loló', oferecia um rapaz gordo, de boné. Uma pequena garrafa de plástico cheia da substância custava R$ 6 e a oferta era feita livremente na rua. Alguns dos usuários eram menores de idade.

Maconha e álcool também eram comuns. A comercialização da erva era um pouco mais discreta, mas o consumo feito sem receios, pelo menos, até as 4h30 da manhã. Os 'litrões' de aguardente e rum serviam para encarar a longa espera e ajudar a dormir, mas também renderam vômitos nos primeiros raios do dia.

As pessoas não paravam de chegar e de se posicionar no final da fila, que, por volta de meia-noite, já contornava a esquina e seguia paralela à linha do metrô. Já na estação, escutavam-se barulhos de bombas, estouradas por alguns vândalos.

Os Vales-Cidadão, que dão direito, cada um deles, a um ingresso, eram vendidos no sistema 'leve 3 e pague R$ 1'. Como o máximo de trocas é de três por pessoa, os cambistas comentavam como faziam para conseguir burlar o sistema. O modo mais usado é oferecendo uma pequena quantia de dinheiro para idosos – que têm uma fila preferencial – trocarem os ingressos. Outros levam comparsas, que ficam à espera e repassam depois, recebendo alguns trocados para isso.

Muitos dos que estavam lá não eram cambistas 'profissionais'. Negão, por exemplo, era torcedor do Sport. Desempregado, queria garantir seu ingresso para poder acompanhar a partida. Os outros dois tíquetes, ele venderia para garantir uma grana. 'Vai encher a Ilha e eu vou tá lá. Antes, eu vendo os que sobrarem por uns dez conto (cada)', revelou.
O preço estipulado pelos mais rodados era R$ 20. Confirmei esse valor ao acompanhar a movimentação na quarta-feira à tarde, momentos antes do jogo.

Uma noite na fila - Parte III

REVOLTA

Com poucas opções, as pessoas que passaram a noite na fila usaram os muros das casas como banheiro. Imaginando o transtorno causado aos moradores, conversei com a comerciante Marcilene da Silva Albuquerque. 'O cheiro é realmente horrível. Quando bate um vento, ele vem para dentro de casa. A gente tem que pedir a Deus para cair uma chuvinha e lavar tudo', declarou.

O aposentado José Rufino da Silva é outro incomodado. Quando o encontrei, estava curtindo a tranqüilidade da tarde em um banco com os amigos. Clima bem diferente do que teve de passar durante a noite. 'Fechei logo a porta porque fica um monte de gente aqui na frente falando palavrão e sujando tudo. Isso não pode acontecer', indignou-se.

Troquei palavras com outras pessoas e todas elas afirmaram que os maiores problemas aconteceram na fila dos ingressos para Sport x Corinthians, principalmente, pela grande quantidade de pessoas. Outras reclamações foram em relação a pedras atiradas contra árvores, para derrubar frutas, e bolas de futebol caindo dentro das casas. As trocas foram suspensas nos Aflitos e na Ilha do Retiro.

Uma noite na fila - Parte IV

XINGAMENTOS

Um pouco depois das 4h, quando o ruído das peças de dominó batendo nas tábuas já havia cessado, o Batalhão de Choque da Polícia Militar chegou ao Geraldão. Todos correram para a parede, como predisse Coroa. Os policiais não bateram em ninguém, apenas começaram a reorganizar a fila. Sem explicar os critérios, dividiram-na em blocos. O meu foi enviado à Avenida Mascarenhas de Moraes, onde ficamos em uma posição perigosa no asfalto, sentindo o vento dos ônibus que passavam bem rente.

Por volta das 5h30, começaram as correrias. Muitas pessoas que chegaram tarde cortaram caminho pelas ruas paralelas, furando a fila. Depois das 6h, fomos relocados mais duas vezes. Todos correram, mas muitos perderam seus lugares. A estimativa da PM é que havia cerca de 10 mil pessoas.

As últimas horas foram as mais difíceis, não apenas para quem estava no aperto da fila e sendo castigado pelo sol, mas também para as mulheres que passavam pelo local. O que começou com assobios descambou para a baixaria, com palavras chulas e agressões verbais a senhoras com bebês e crianças. Até quando alguns carros passavam buzinando o tradicional cazá-cazá, alguns torcedores mal-humorados xingavam em vez de aplaudir, como é comum no estádio.

Os ânimos só se acalmaram quando a fila passou a andar, um pouco depois das 8h. Cerca de 40 minutos depois, chegou minha hora de trocar os meus vales por ingressos. Fiscais e policiais estavam próximos, atentos para que ninguém ultrapassasse sua cota de três tíquetes. Mesmo assim, um pouco à frente, o comércio de bilhetes já havia começado.

Com o final da empreitada, me identifiquei como repórter. Os cambistas não quiseram me dar seus nomes – a exemplo de Coroa e Negão, que foram retratados apenas pelos apelidos.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Show de atuação



Sem palavras...

terça-feira, 3 de julho de 2007

Nhé

Sei que não são muitos os leitores deste blog, mas, para os assíduos frequentadores, declaro que nesses dias as postagens diminuíram por conta de pautas especiais no trabalho. Estas me sugaram a energia como um bando de muriçocas se deliciam do sangue da minha perna cabeluda.

Uma delas foi um rally que participei e contarei a aventura depois, no blog.

Outra é uma reportagem especial que não posso revelar, mas que também será publicada no Cagando a Raiva.

Também estou devendo uma crítica do Libertad...

Mas tudo ao seu tempo...

Fui!