sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Spidey

Remete a alguém que você conheça?

João e Paulo

Essa é a história de dois homens que tiveram caminhos diferentes desde o momento em que se entenderam como pessoas até depois de suas mortes. Quando eram crianças, todos na vizinhança já sabiam: João sempre era o garoto danado, que aprontava com tudo e todos. Era comum ver sua mãe puxando as orelhas daquele capetinha. Já Paulo era um exemplo para João de como ele deveria ser. Um jovem quieto e que obedecia a todos.

No colégio o que mais se falava era da fama de pegador de João. Nenhuma garota poderia dar vacilo que já estava na boca de todos, claro, pois João não deixava barato e espalhava aos amigos. Enquanto isso, Paulo era quietinho e ingênuo. Os professores o admiravam.


Não é a toa que quando tinha quatorze anos, João perdeu sua virgindade. Todos os seus amigos queriam saber dos detalhes, e ele não se acanhava em dizer como entrou em um puteiro e mandou ver. Já Paulo, entre os colegas e colegas mais íntimos – e apenas os mais íntimos mesmo – deixava claro que só desfloraria depois que se casasse.

Fazendo jus à imagem de adolescente problemático, que gostava de ver nos filmes, João não aceitava desaforo de ninguém na rua. Vivia brigando, e sabia fazer isso muito bem. Todos sabiam disso. Paulo, por outro lado, respirava fundo sempre que desrespeitado e resolvia tudo no diálogo. Era contra a violência.

Obviamente, João também abusava do álcool, cigarro e drogas. Tinha tantas histórias com isso que seus amigos se matavam de rir sempre que ele as contava. Paulo era contra aquilo. Achava que não levava a nada e tinha apoio de alguns, pessoas que ele precisava para viver bem com ele mesmo, mas a maioria apenas ria de seu estilo de vida.

Depois de alguns anos, lá estavam João e Paulo casados com suas respectivas esposas. Mas João não se contentava e dentro do seu ambiente de trabalho era comum os outros profissionais verem ele retirar sua aliança antes de sair para a farra. Traição era seu mote. Enquanto isso, Paulo dava duro para sustentar a família, chegava tarde fazendo hora extra e nunca seria capaz de trair.

Eles tinham seus motes. João admitia a quem perguntasse: era um manipulador. Conseguia o que queria facilmente com seus contatos e seu poder de persuasão. Alguém em quem os amigos poderiam contar se precisassem de algo. Mas com cuidado para não pisar no calo dele, senão a maré poderia mudar. Paulo seguia à risca uma frase que costumava dizer a todos: “Não julgar ninguém e viver honestamente”.

Um dia, após muitos anos sem se reencontrar, João e Paulo se cruzaram na rua. Ambos se reconheceram, trocaram acenos e perguntaram: “como está você”? Ambos mentiram na resposta. Naquele mesmo dia, eles morreram.

João foi para o céu. Paulo para o inferno.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Para os nerds...

... de plantão!

As temporadas de vários seriados já começaram nos EUA. Das que eu vi...

- Dexter: teve um season premiere muito interessante, com a premissa do que pode se tornar esses 12 episódios - uma caçada pelo verdadeiro serial killer que as pessoas aprenderam a gostar

- Smallville: volta de um e entrada da supergirl, o que deu uma oxigenada à série - não tem mais cara de novela mexicana (pelo menos por enquanto)